No Japão uma australiana foi proibida de exercer a profissão de gueixa, por ser estrangeira.
Concubina de luxo, não se pôde estabelecer por conta própria porque não satisfazia o requisito fundamental: ser japonesa. Na realidade ela já trabalhava no ramo, mas como “empregada” de uma madame idosa. A tradição ainda é o que era.
A mim, neste lado oposto do mundo, esta notícia surpreende-me pela característica anti-liberal contrária à opinião dominante a que estou habituado a ouvir. Pelas nossas bandas fomenta-se a fragilização dos vínculos laborais, facilita-se a mobilidade de emprego, reconhece-se estatuto elevado às chamadas profissões liberais. Será muito natural uma japonesa na Europa montar e controlar uma organização de acompanhantes, eventualmente será até olhada com alguma admiração -- não de espanto, mas de agrado.
O Japão, essa terra de tecnologia de ponta que treme de vez em quando, comporta simultaneamente um apego muito forte aos seus valores tradicionais e disso não abdica.
Equilíbrios estranhos em terra estranha.
Dificuldade a nossa em aceitar o outro.
Bom, pelo menos não se vêem às aranhas com a concorrência... lol
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