terça-feira, 9 de agosto de 2011

On fire

Andam os nervos à flor da pele. Os ânimos estão crispados e qualquer faisquinha é suficiente para desencadear um fogo incontrolável.
As tensões estão hibernando mas alimentam-se dos detalhes que se vão sucedendo. A pressão vai-se acumulando no grande pote onde todos os interesses se misturam. O equilíbrio de interesses – atitude mais cómoda - esquece-se facilmente quando algum desses interesses acha que chegou a altura de esticar a corda, de desequilibrar. Então, quem achava que tinha a situação sob controlo vê-se confrontando com o mágico a sair da lamparina. Só que desta vez não é para atender aos desejos do dono…
Podemos reparar em exemplos destes nas recentes interferências dos chamados “mercados”, e com as ainda mais recentes manifestações(?) em Inglaterra.

Quanto aos “mercados” muita opinião e comentário tem sido emitido, tem-se falado muito e muito mais se há-de falar.
Quanto à Batalha de Inglaterra, algumas facetas do acontecido convem focar:
·       Contestação ao establishement, sempre se verificou em todas as gerações;
·       Não foi dada notícia que os “manifestantes” fossem gente trabalhadora ou “chefes de família”, ou seja, parece tratar-se de pessoas que socialmente nada têm a perder;
·       O processo de integração na sociedade, de socialização, dos actuantes, não foi de certeza o mesmo pelo qual passaram aqueles que determinam as regras agora desrespeitadas;
·       Incapacidade (em qualquer das partes) em compreender o outro, aquele que é diferente.
Alguns outros aspectos poderiam ser referidos, mas sublinho estes porque ainda não os vi assinalados na comunicação social.

Encontro ainda e mais uma vez presente, a atitude reveladora da falta de raciocínio:
“Não concordo, logo destruo!”   

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