domingo, 7 de agosto de 2011

Mulherio

A nova Secretária de Estado da Igualdade (…e dos Assuntos Parlamentares), desde que tomou posse nomeou já 10 pessoas para o seu gabinete – todas são mulheres!
Aplicação literal do conceito de igualdade: género igual.
Haverá aqui a pretensão de atenuar a diferença relativamente à quantidade de homens que entretanto entraram para outras Secretarias e organismos do Estado? Duvido que tivesse sido feita essa contabilidade. Neste caso particular as cotas foram mandadas às urtigas, as cunhas não. O número não é significativo, a atitude sim.
A avaliar pela prática que tem sido comum, essas 10 nomeações terão sido para pessoas conhecidas da nomeante, com competência técnica e profissional “largamente demonstrada”. Então e a fidelidade política, não conta?

Coincidência serem todas mulheres? Não! Habitualmente são as mulheres que se queixam das situações de desigualdade, os homens nem por isso. Será portanto conveniente serem as mulheres a gerir a problemática da igualdade, talvez elas tenham uma sensibilidade mais apurada para equilibrar a presença dos sexos nos centros de decisão.
A preocupação deveria ser a qualidade das decisões, não o género de quem decide. Com tanto mulherio, para já a Secretária começa por não dar bons sinais nesse sentido.  

1 comentário:

  1. A julgar pela enorme diferença de género em termos de número, eu diria que cabe à Secretaria de Estado da Igualdade repor a justiça, não te parece? :):) Quanto às cunhas, competências e incompetências, com mais mulher menos mulher, mais homem menos homem, vai tudo dar ao mesmo desde que sejam políticos. Eu até arriscaria a dizer que talvez valha a pena aumentar consideravelmente o número de mulheres. É que o trabalho dos homens já a gente viu, o das mulheres ainda não :)O facto de elas utilizarem as mesmas armas antiquíssimas que os homens têm usado até aqui, não é relevante :):):)Beijos

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