Esta frase - Frank Zappa - que sempre me acompanhou desde a adolescência, tem hoje um significado diferente daquele que me habituou. Nesse tempo, filmes de terror seriam talvez a matéria mais entusiasmante, o mais fora dos eixos, que a TV nos oferecia. Hoje não tenho já grande apreço por filmes de terror, no entanto ficou-me o encanto pela fantasia, pelas histórias fantásticas.
… é claro que me ficou também o maior dos apreços pelo fantástico que continua a ser Frank Zappa…
Contudo, a fantasia regressou para mim a níveis muito mais primários: adoro agora ser surpreendido por tesouros perdidos, por mouras encantadas, por golpes de mágica, pela interferência do maravilhoso.
Monster movies não têm já nada a ver com sangue, mortes, sustos ou terror (para isso temos o correio da manha, desde que deixou de existir o jornal o crime). Monster movies continuam a ser as aberrações mas já não mexem com as emoções, são ainda um apelo às gavetas escondidas do cérebro mas sem deixar grandes marcas.
Os indianos encontraram na cave de um palácio antigo um tesouro em quantidade tal de preciosidades (metais e pedras), que nos permitiriam a nós portugueses, não ter pedido uma grande parte daquilo que pedimos ao exterior. Não é isto fantástico? Do reino da fantasia… tornada real?
Já agora acabo a citação do Zappa (oiçam Cheepins, no Roxy & Elsewhere, 1974):
“… and the cheapness of a monster movie has nothing to do with the budget of the film, although helps.”
Sorte dos indianos que podem vender o ouro que têm!...
ResponderEliminarTambém adoro o fantástico, já agora :)